domingo, 2 de fevereiro de 2014

A porta de vidro


Me apaixonei de novo. Você sabe, me conhece, não me importo com riscos. Não tenho medo de bater a cara naquela porta transparente de vidro - sempre em alguma reforma ou em algum prédio onde o arquiteto acha genial colocar um troço que quebra pra ninguém ver quando passar - pra testa ficar roxa por um mês. Porque é mais ou menos isso mesmo: as coisas acontecem e a gente não vê.

Lutamos contra, negamos até dizer chega. E quando vemos... já estamos no chão vendo estrelas e um monte de gente ao redor rindo da nossa cara porque vixi, a moça não viu a porta de vidro.

O amor é uma porta de vidro - você não vê nem de longe nem de perto, só percebe sua presença quando se joga com tudo naquela pressa pro compromisso que você tem e aí quando percebe já está trupicado no chão com geral olhando pra sua cara vermelha e pro galo na sua testa.

E como eu já disse anteriormente: amar é pros fortes. E diante de tantos e infinitos defeitos que tenho; dessa virtude (se é que posso chamar de virtude, coragem, benção ou até azar) eu me orgulho! Não deixo de viver um segundo porque eu acho uma puta de uma besteira nêgo viver em negação e não aproveitar um momento completamente por medo de se cortar todo.

Parece clichê (de novo: os clichês só existem por uma razão > porque deram ridiculamente certo um dia), mas você já parou pra pensar em quantos e diversos momentos bons na sua vida você perdeu por MEDO? Porra, um dia me disseram que medo é alavanca. E deveria ser. Ele deveria ser o incentivador e não o contrário.

Veja bem o teor do assunto, isso não está generalizado e eu não estou falando pra você ir pro meio da floresta acariciar um urso, ok?!

Estou simplesmente... não estou fazendo nada na verdade.
Eu só queria te dar um oi e te dizer que me apaixonei de novo e queria te contar essa história naquele nosso chopp que um dia lá atrás nós dissemos que tomaríamos.

Já que não tem chopp, não tem papo e muito menos portas de vidro intactas... vou me retirar e continuar trilhando meu caminho na esperança de encontrar alguém que tenha o mesmo medo de aranhas que eu tenho.

Mas só o de aranhas.